terça-feira, 11 de setembro de 2012

CASA DO CARNAVAL e SHOPPING PAÇO ALFÂNDEGA realizam exposição em homenagem ao DIA NACIONAL DO FREVO


O Decreto assinado em 13 de janeiro de 2009, pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Cultura interino, Alfredo Manevy de Pereira Mendes, instituiu o dia 5 de março como o Dia Nacional da Música Clássica, data de nascimento do compositor Heitor Villa-Lobos.
Com o Decreto, fica estabelecido, que a música será homenageada no país nas seguintes datas: 05 de março – Dia Nacional da Música Clássica; 14 de setembro – Dia Nacional do Frevo; 27 de setembro – Dia da Música Popular Brasileira; 22 de novembro – Dia Nacional da Música e do Músico; 02 de dezembro - Dia Nacional do Samba.
Partindo desse pressuposto e considerando a representatividade da manifestação do frevo na cultura pernambucana e brasileira, o Paço Alfândega, em parceria com a Prefeitura do Recife, realiza a exposição É Frevo no Paço, no período de 14 a 16 de setembro de 2012.
A ideia é proporcionar ao visitante, a oportunidade de se aproximar ainda mais dessa expressão popular (patrimônio imaterial do Brasil), que se encontra espalhada pela cidade para além dos dias de Carnaval, que faz o Recife manifestar-se desde os fins do século XIX, que faz os passistas traçarem tesouras fazendo mesura na ponta do pé. É algo que contagia, dá sentido de existência a milhares de pessoas, provoca ação e reação, invade o imaginário coletivo, e parece que enfeitiça. Entra na cabeça, depois toma conta do corpo e acaba no pé.
Ao apresentarmos estandartes, flabelos, bonecos gigantes e fotografias de maestros, compositores e intérpretes, queremos que o frevo, guardado no mais íntimo de nossa memória, provoque os sentimentos de dentro a manifestarem-se no passo cá fora. Os vídeos e imagens de foliões que dinamizam o cenário foram intencionalmente pensados para provocar sensações. As imagens parecem respirar; pulam, cantam e dançam; têm suor, têm cheiro. Tudo ocorre diante dos nossos olhos e para o prazer dos nossos olhos. 
É Frevo no Paço é o retrato da dança e da música. É o rebuliço das multidões nas ruas, o jogo de braços e pernas. É a invenção, a recriação. Atrelado à história da cidade, perceberemos que o frevo é uma manifestação urbana com identidade própria: nasce no Recife, em meio aos trabalhadores do porto, dos negros capoeiras, dos brabos, dos valentões.
Fervendo, frevendo ao longo das gerações, o frevo, antes conhecido sob várias designações: dobrado,marcha, marcha carnavalesca, marcha pernambucana, marcha nortista... populariza-se e consagra-se. Instrumental ou cantado, de rua, canção ou de bloco, traduz a efervescência social, expressa as necessidades de participação das camadas populares, transcende, subverte, faz até folião perder os sapatos...

Mário Ribeiro
Historiador, Gerente do Centro de Formação, Pesquisa e Memória Cultural – CASA DO CARNAVAL | Secretaria de Cultura do Recife.

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