terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Histórias das Agremiações

                                                              Foto: Rogério Holanda.

 A ideia de fazer um Bloco Lírico no Pina surgiu quando um grupo de moradores da localidade (pescadores, estivadores e lavadeiras) decidiu desfilar pelas ruas fazendo serenata. Estava lançada a semente do que mais tarde se tornaria o Bloco Carnavalesco Misto Banhistas do Pina, em 3 de fevereiro de 1932. Inicialmente, a Agremiação recebeu os nomes Amadores, Jangadeiros, Veranistas, chegando finalmente a denominar-se Banhistas do Pina.Suas cores oficiais são o azul e o branco, em função da devoção “religiosa que os primeiros integrantes do Bloco tinham por Nossa Senhora da Conceição”.

Localizada numa área praieira, a Agremiação tem como símbolo uma jangada. E sua sede funciona, desde a sua fundação, na Rua São Luís, 316, na localidade conhecida popularmente como Bode, no Pina. Hoje, com 82 anos de fundação, Banhistas, como é carinhosamente chamado, continua uma referência para a comunidade, assim para como o Carnaval das cidades.

O Bloco desfila com aproximadamente 150 componentes. Tem no seu repertório diversas composições como Lindas praias, de autoria de Luiz Faustino - o hino da Agremiação, entre outras marchas de compositores renomados.


(PREFEITURA DO RECIFE. Guia do Folião. Recife: Secretaria de Cultura, 2007.p.68.)

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

CASA DO CARNAVAL divulga os Critérios de Julgamento do Concurso de Agremiações Carnavalescas 2014


CRITÉRIOS DE JULGAMENTO - CONCURSO DE AGREMIAÇÕES CARNAVALESCAS 2014 


CASA DO CARNAVAL divulga a programação do Concurso de Agremiações Carnavalescas 2014


PROGRAMAÇÃO DO CONCURSO DE AGREMIAÇÕES CARNAVALESCAS 

Você sabia?


“Brincadeira de estilo europeu, o Corso consiste num desfile de carros ornamentados, geralmente de capotas arriadas que se desloca pelas principais vias do centro transportando pessoas ricamente fantasiadas, que travam batalhas de confetes e serpentinas.” Essa prática surgiu para buscar novos comportamentos que proporcionassem momentos de lazer para as elites da capital. Em 1930, no Recife, o Corso já se encontra consolidado no calendário oficial da folia com o objetivo de combater “velhos hábitos”, que diante do novo parâmetro de diversão nas ruas durante o período carnavalesco, eram considerados desviantes.


(SANTOS, Mário Ribeiro dos. Trombones, Tambores, Repiques e Ganzás: a festa das agremiações carnavalescas nas ruas do Recife (1930-1945). Recife: SESC, 2010. p.74)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

CASA DO CARNAVAL divulga a programação do Seminário do Carnaval 2014




PROGRAMAÇÃO SEMINÁRIO DO CARNAVAL RECIFE 2014 

DIA 18/02 (TERÇA-FEIRA)
13 HORAS - Credenciamento
14 HORAS - Mesa de Abertura
Albemar Araújo – Assessor Técnico da Secretaria de Cultura e Coordenador Geral do Concurso de Agremiações Carnavalescas
Zélia Sales – Gerente de Preservação do Patrimônio Cultural Imaterial e Coordenadora Geral do Concurso de Agremiações Carnavalescas
Roberto Lessa – Presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife e Coordenador Geral do Carnaval do Recife
Lêda Alves – Secretária de Cultura

14H30 – MESA 1
O TEMA DA FESTA E SUAS MÚLTIPLAS ABORDAGENS
Coordenador: Mário Ribeiro – Historiador e Gerente da CASA DO CARNAVAL   
Palestrante 1: Bráulio Moura – Representante da Secretaria de Turismo e Lazer do Recife
Palestrante 2: Albemar Araújo – Assessor Técnico da Secretaria de Cultura e Coordenador Geral do Concurso de Agremiações Carnavalescas
16H20 - DEBATE
17H30 - ENCERRAMENTO    


DIA 19/02 (QUARTA-FEIRA)
14 HORAS
EXIBIÇÃO DO DOCUMENTÁRIO O CARNAVAL DO RECIFE


15 HORAS – MESA 2    
O CARNAVAL DE RUA DO RECIFE
Coordenador: Willams Santana – Historiador e Gerente do Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
Palestrante 1: Robervaldo Ramalho -  Vice-Presidente do CCM Bola de Ouro
Palestrante 2: Cristina Andrade – Presidente do Urso Cangaçá de Água Fria
Palestrante 3: Manuelzinho Salustiano – Vice Presidente da Associação dos Maracatus de Baque Solto
Palestrante 4: Rivaldo Lacerda  – Presidente do GRES Gigante do Samba


DIA 20/02  (QUINTA-FEIRA)
14 HORAS
EXIBIÇÃO DO DOCUMENTÁRIO IRÔCO

15 HORAS – MESA 3
O SAGRADO NAS AGREMIAÇÕES CARNAVALESAS
Coordenador: Albemar Araújo – Assessor Técnico da Secretaria de Cultura e Coordenador Geral do Concurso de Agremiações Carnavalescas
Palestrante 1: Alzira Dantas – Presidente da Troça Carnavalesca Mista Abanadores do Arruda.
Palestrante 2: Mestre Zé Alfaiate - Presidente do Caboclinho Sete Flexas
Palestrante 3: Aelson da Hora – Presidente do Boi Faceiro e da FECBOIS (Federação Pernambucana dos Bois e Similares) 

16H20 - DEBATE
17H30 - ENCERRAMENTO    

DIA 21/02  (SEXTA-FEIRA)
14H - MESA 4
A TRANSMISSÃO DE SABERES E A FORMAÇÃO DE NOVAS TRADIÇÕES
Coordenadora: Magdalena Almeida – Prof. Dra. do Depto. de História da UPE
Palestrante 1: Zenaide Bezerra  - Passista de Frevo
Palestrante 2: Cid. Cavalcanti – Presidente do Bloco O Bonde  
Palestrante 3: Dona Marivalda – Costureira e Rainha do Maracatu Nação Estrela Brilhante
Palestrante 4: Cláudio Brandão – Presidente do Clube de Boneco Seu Malaquias

15H30 – DEBATE
16H30 – CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENTREGA DOS CERTIFICADOS
17 HORAS - ENCERRAMENTO  





Histórias dos Mestres apresenta: Juracy Simões da Tribo Canindé do Recife



 Juracy Simões da Silva, conhecida como Juracy de Canindé, exerce o cargo de presidenta da Tribo Canindé do Recife. Cursou o antigo curso pedagógico e também fez contabilidade, passou no vestibular em uma universidade privada, mas nos conta que seus pais não puderam fazer esse investimento em seus estudos:
Éramos pobres, pobres, pobres. Trabalhei nos Correios por 10 anos mais chegou o momento de escolher entre trabalho ou cuidar do meu pai e preferi cuidar dele. E hoje é que não trabalho mesmo, porque o Canindé toma todo meu tempo.

  Foliã nata, ela conta que foi “gerada, nascida e criada dentro do Canindé”. Seu pai, Severino Batista da Silvam era o presidente da agremiação. Quando ele faleceu, em 1994, Juracy foi a primeira mulher a ocupar esse cargo em uma agremiação dessa categoria.

  A tribo Canindé foi fundada em 1896 e era composta apenas por homens. No entanto, segundo Juracy, na gestão de seu pai já havia mulheres na diretoria e ela, mesmo sem ter conhecimento do assunto, foi sendo preparada para o cargo que ocupa.
Juracy deu novo impulso às atividades do grupo e maior visibilidade à agremiação. Organizou-a jurídicamente e estabilizou a situação financeira. “Eu me aperrei muito, chorei muito, mas resolvi me regularizar”, diz. Além disso, criou um acervo histórico, renovou o figurino e conquistou por nove vezes consecutivas o campeonato no concurso do carnaval do Recife. Em 2009, Canindé foi reconhecida como patrimônio vivo de Pernambuco. Ela assim descreve sua atuação à frente da agremiação:

Hoje eu faço tudo, terminou o carnaval eu já faço uma sinopse e já fico matutando o que vamos fazer pro próximo carnaval. Até nas cores eu penso, só que eu começo a articular isso comigo mesma e só passo à frente quando tenho certeza. Também sou muito determinada, aí só depois que decido, chamo minha equipe pra trabalhar, eu tenho uma equipe onde existem mais mulheres que homens. Sou muito exigente... agora estou até mais maleável porque o jovem predomina muito e como o Canindé é todo jovem, sou muito paciente com eles, é difícil eu ficar impaciente. Já sabem como distribuir, eu não tenho que ficar encarnando, acho que todo mundo sabe seu papel e como não gosto de palpitem evito ficar dando.

  O aspecto religioso é fundamental na Tribo Canindé. A agremiação é vinculada ao Candomblé e a tradição é mantida hereditariamente por Juracy, segundo explica:

A religiosidade em Canindé qualquer um percebe, é muito evidente. Tem a religiosidade dos mestres, que foi de meu passado e eu tenho respeito e muita admiração. Tem o mestre de vovó, tem o mestre do meu padrinho que era juremeiro e também era do Candomblé. Tem a cabocla dele, tem a Oxum da Casa, tem o Xangô da Casa que eu tenho uma empolgação muito grande... Então, tem Deus que o Todo-Poderoso, ele que rege tudo, e as entidades espirituais, que tem uma ligação muito forte.

  Após ter superado vários problemas, hoje revigorada, Juracy reconhece que são muitos os limites que enfrenta, inclusive do ponto de vista amoroso. “Depois que me tornei presidenta, não me liguei mais a ninguém, não quis saber de nenhum relacionamento duradouro... Eu fui muito mal-amada. Quem me ama hoje é Deus, Canindé e os Orixás”. Mas não desanima: “Tudo o que eu faço é gostoso, Canindé, as roupas, os ensaios, essas coisas todas preencheram a minha vida”.



Fonte: SILVA, Claudilene. SOUZA, Ester Monteiro da. Sem elas não haveria carnaval: mulheres do carnaval do Recife. Recife: Fundação de Cultura da Cidade do Recife, 2011. p 72 

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Carnaval e Religião se aproximam?



Foto: Maíra Gamarra.


  Embora a influência das religiões Afro-brasileiras sejam mais explícitas nos grupos de Maracatu de Baque Virado e Afoxé, uma vez que utilizam seus repertórios, ritmos e letras típicos dos terreiros de Xangô, e seus integrantes se apresentam com roupas no estilo africano ou religioso (torços, braceletes, pano-da-costa, fios de conta), outras manifestações como o Maracatu de Baque Solto, os Caboclinhos, as Escolas de Samba, o Urso, o Boi de Carnaval, as Troças, os Blocos de Pau e Corda, os clubes de Bonecos e os Clubes de Frevo também possuem uma forte ligação com aquele tipo de prática religiosa.

  A Troça Carnavalesca Mista Abanadores do Arruda, por exemplo, expressa sua devoção aos orixás nas cores de algumas fantasias e no Estandarte. O vermelho e o verde revelam a relação do grupo com o orixá Ogun- conhecedor de metalurgia e do poder de transformação do ferro em armas e utensílios, necessários às guerras e à agricultura.
  Claudio Brandão, presidente do Clube de Boneco Seu Malaquias, reforça o pensamento anterior quando afirma que “as cores do boneco são vermelha e branca porque meu avô gostava de Xangô. E meu pai disse pra eu sempre manter essa tradição”.


  Nesse sentido, no período que antecede a festa, alguns líderes de Agremiações, com o propósito de preservar os fundamentos do grupo e sua memória religiosa, iniciam o chamado “ritual de proteção do brinquedo”, também denominado como “calço”, que pode ser individual ou coletivo. Uma espécie de limpeza espiritual, com a intenção de resguardar, prevenir do mal durante toda a festa. 

RIBEIRO, Mário - Catálogo das Agremiações Carnavalescas do Recife e Região Metropolitana. p.26; Prefeitura do Recife - 2009.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Finalistas do Concurso de Rei e Rainha do Carnaval do Recife 2014

Foto: Sérgio Bernardo/PCR


Confira a lista dos selecionados para a última etapa:

Finalistas para Rainha do Carnaval:

Adrielly Carla Da Silva
Bruna Renata Barbosa E Silva
Debora Brasil
Emilayne Da Silva Gomes
Girlannia Mª. Xavier De Albuquerque Silva
Jacqueline Pinheiro Dos Santos Silva
Kamilla Da Costa Correia
Kilza Maria De Melo Pascoal
Luana Ratis Da Silva
Maria Lucrécia Teixeira F. De Souza
Priscila Silva Nascimento Cheron De Lima
Rafaela Alves De Oliveira
Rosana Valença Bezerra
Ruana Karina De Oliveira
Simone Maria Da Silva
Polyana Souza Pinto
Taciana Ramos Da Silva

Finalistas para Rei:

Augusto Ferreira P. Correia
Eduardo Manoel Da Silva
Eduardo Rodrigues De Freitas
Eduardo Santos Andrade
Everaldo Bonifácio Dos Santos Júnior
Fábio Francisco Da Silva
Henrique Gabriel Gomes Da Silva
Inaldo Fernando Da Silva
José Valdomiro Da Anuciação
Petrônio Torres De Oliveira
Rafael Cordeiro Capitão
Renato Arthur Luz De Queirós
Thallyson Gomes Martins Da Silva
Wanderley Aires Dos Santos
Washington Barbosa De B. Andrade

Seminário do Carnaval do Recife é adiado